sexta-feira, 23 de abril de 2010
Observações
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Por que reconhecer o outro incomoda tanto?
Por: Claudinet Antônio Coltri Júnior
O fato é que há um despreparo descomunal no quesito reconhecimento. Ele é de suma importância para o ser humano. Ser reconhecido é ter a chance de ver novamente. Vemo-nos muito pouco (só quando nos olhamos no espelho - as mulheres se veem mais que os homens, é verdade). Quando alguém nos reconhece, nos vem a sensação de sermos parte, de sermos importantes, de termos valor e, assim, nos possibilita reconheçamo-nos (re-conhecer, ou seja, conhecer novamente). Portanto, quando você reconhece o trabalho de alguém, o que vale é a criação do ambiente para que a pessoa se encontre.
Por outro lado (somos dois contra a parede e tudo tem três lados, Skank, Três lados), existe aquele (e não são poucos) que veio ao mundo na ânsia de ser Deus (tem o que acha que é e há o que tem certeza). Esse não tem o superego, tem um "teraego". Assim, os empresários não estão de todo errados, pois há pessoas que realmente criam problemas ao ter o seu trabalho enaltecido. Como diz o popular: "Ficam se achando".
Muitas vezes nos deparamos com deturpações conceituais. Priorizamos o novo em detrimento do moderno. O moderno é algo atual, que vale, e que pode ter sido criado há milênios. O novo, nem sempre. O dilema reconhecer ou não reconhecer já era conhecido e tratado pelos romanos, na antiguidade, mas o conceito ainda é válido. Lá, quando um general ganhava uma batalha, seu exército ficava do lado de fora das muralhas enquanto o "chefão" adentrava em direção ao Senado para receber uma bandeja de prata com palmeiras, ou seja, uma salva (bandeja) de palmas. Era uma honra incomparável (tanto que o Domingo de Ramos é a ovação a Cristo com folhas de palmeiras que foram usadas para cobrir o chão por onde Ele passava).
O percurso era feito em uma biga (carro romano puxado por dois cavalos), que era conduzida por um escravo. Por força de lei, a biga era acompanhada por outro escravo que ia a pé e que, a cada quinhentas jardas (aproximadamente 455 metros), tinha que subir na biga e falar ao ouvido do general a seguinte frase: "Lembra-te que és mortal!"
É bom que se diga que cada um de nós não é bom, nem ruim, não é competente tampouco incompetente. Cada um de nós está! Na língua inglesa o ser/estar andam juntos (to be), o que é bom, pois somos (hoje) o que estamos. Mas a língua portuguesa, na riqueza que lhe é peculiar, nos permite ver, ao separar o ser do estar, que podemos mudar, que a situação é de momento. Você pode estar usufruindo o maior sucesso, mas se não cuidar dele, pode entrar em derrocada em pouco tempo (lembra-te que és mortal). Você pode estar vivendo um momento difícil da vida, mas, dependendo das suas atitudes hoje, você poderá em breve se deliciar de novas sensações de sucesso (o futuro muda o tempo todo em função das nossas atitudes de hoje).
Assim, temos que encontrar o equilíbrio entre o lembrarmos que somos mortais quando as coisas estão a nosso favor e, ao mesmo tempo, lembrarmos que somos centelha (fagulha, faísca, uma parte de) divina. Há os que acham que são mais do que são. Há os que acham que são menos do que são. É preciso equilibrar o que você é com o que você pensa que é. Pessoas que encontram esse caminho do meio são mais felizes.
Minha sugestão aos empresários é que contratem alguém para berrar, que seja, no ouvido do seu colaborador que acha que o mundo gira em torno dele, o "lembra-te que tu és mortal". O investimento vale a pena, visto que a maioria de seus colaboradores está esperando um simples: "muito bom trabalho!" para poderem sair do extremo "eu não valho nada", irem ao meio "eu sou útil" e, assim, obter maiores resultados. Reconheça-se (e lembra-te que é mortal!). Reconheça o outro (mesmo tendo que lembrá-lo, também, que ele é mortal!).
Claudinet Antônio Coltri Júnior é palestrante; consultor organizacional; coordenador da área de gestão da Educação Tecnológica do Univag e escreve em A Gazeta às quintas-feiras. Web-site: www.coltri.com.br - E-mail: junior@coltri.com.br - Twitter: http://twitter.com/coltri
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Show de mau gosto em playback
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Absurdo: reajuste de salário para ministros
Não me interessa se eles definem os rumos da política, da sociedade, da economia, se atuam em conjunto para o "bem da Nação". Isso não me convence! Muita gente que não tem um décimo desse salário depositado todo mês em sua conta bancária faz muito mais em prol da sociedade que os queridos ministros. Cidadãos, pessoas batalhadoras, de caráter, que no dia a dia tomam decisões profissionais e familiares, que educam os filhos, praticam filantropia, dedicam seu tempo a cuidar de crianças abandonadas, de idosos, de necessitados...esses sim, são os que movimentam verdadeiramente as estruturas de um país. São eles que fazem a diferença e não pessoas iguais ao Gilmar Mendes, que acreditam cegamente e dizem que jornalista não precisa ter diploma porque não tem conhecimento técnico (é isso que ele vai fazer lá?).
Enquanto o presidente do Supremo gasta seu tempo analisando essa questão, há pessoas do lado de fora sobrevivendo e sustentando famílias com um mísero salariozinho de R$ 500. E olhe lá os que ainda têm isso. Conheço gente que vive com menos! Não satisfeito, o excelentíssimo procurador-geral da República também levou uma fatia do bolo dos que alcançam o teto salarial. Cuidado, senhores, a cabeça de vocês já está batendo no teto, não dá mais pra subir nesse momento!
domingo, 24 de janeiro de 2010
No Meio de Tudo, Você!!!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
O Anjo das Pernas Tortas
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Animais: fontes de felicidade
Ontem fui caminhar no Parque Mãe Bonifácia, local onde ainda é possível respirar um pouco de ar puro, acelerar o metabolismo e ter a agradável surpresa de se deparar com alguns bichinhos. Em geral, vejo por lá uns simpáticos macaquinhos, mas ontem encontrei um animal doméstico, que destoa da paisagem.
No meio da trilha onde o pessoal corre, caminha ou passeia, avistei um gatinho preto, menor que a minha garrafa de água. Como uma apaixonada enlouquecida, tive que parar para fazer um carinho. Preto, pêlos arrepiados pela chuva e cara de assustado. Certamente, fora abandonado ou estava perdido nas bandas de lá, embora alguém tenha insistido em dizer que ele pertencia ao prédio ao lado. Duvido!
O fato é que meu coração se corta ao ver tal cena. Sempre fui fraca pra isso, ainda mais considerando o tamanho do bicho, indefeso, que não teve tempo suficiente para aprender a sobreviver nesse mundo cruel e competitivo. Se eu pudesse, levaria comigo, nem que fosse para dar uma voltinha no parque, e deixaria ele de volta no lugar, mas a sensibilidade me pegaria, e eu me apegaria. Infelizmente não posso levar para casa, cuidar e criar.
Depois de ir embora, contei algumas histórias de infância pro meu amigo, todas envolvendo as peripécias com gatos e cachorros, histórias que justificam minha paixão, meu apego. À noite ao falar com minha mãe, fiquei sabendo que ela (coração sensível também) já adotou mais dois gatos que apareceram em casa. O animal vai chegando, chegando, e quando vemos, já está lá, fazendo parte da família. Acho que não há dúvida que puxei à mãe!
Esse gatinho inocente e tantos outros animais que estão na rua atualmente, só comprovam a falta de preocupação do ser humano. Por mais difícil que seja criar um "mundaréo" de bichos, alimentar e evitar a reprodução desenfreada dos mesmos, abandonar um ser vivo na rua é muita falta de amor. Se não tiver como criar, procure alguém interessado em adotar, sempre tem gente com interesse. Só não procure meios de se livrar de uns seres tão fofos e companheiros, que verdadeiramente demonstram afeto e amor por quem os cria. Esses animais fazem a alegria das pessoas, alegram as casas, os filhos, ocupam o lugar deles no espaço e sabem recompensar aqueles que os alimentam e os deixam viver. Respeite os animais e faça tudo que puder pela sobrevivência deles! Falei???